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As fontes do terreiro: Laocoonte

O terreiro da Casa de Simaens possui seis fontes e dois chafarizes. Cinco fontes estão colocadas numa das paredes do terreiro, espaçadas entre si por bancos de pedra. Quatro destas fontes representa um continente e um quarto do brasão de armas. A quinta fonte chama-se Cupido porque na altura o continente Oceânia não era ainda conhecido.

A sexta fonte, encontra-se colocada numa outra parede, oposta à outro cinco fontes. Esta representa também uma figura mitológica: Laocoonte.

É pelo Laocoonte que começamos a falar um pouco. Segundo várias fontes, Laocoonte foi uma personagem mítica da mesma época que a Guerra de Troia, um troiano para ser mais precisa.

Uma versão coloca Laocoonte como um sacerdote troiano que servia o deus Apolo mas desistiu do sacerdócio para se casar – e do matrimónio resultou dois filhos. Nesta versão, o deus Apolo não terá gostado desta decisão e decidiu castigar Laocoonte enviando duas serpentes para matar os filhos. Laocoonte tentou salvar os filhos, morrendo também.

Numa outra versão, durante a Guerra de Tróia, quando os gregos ofereceram o Cavalo aos troianos, Laocoonte terá desconfiado duma armadilha (o famoso Cavalo de Troia). Tentou avisar os troianos, mas não foi ouvido e a deusa da guerra Atena, apoiante dos gregos, castigou Laocoonte.

Esse castigo foi o envio de duas serpentes para o matar, juntamente com os dois filhos.

Referências a esta personagem mítica encontram-se na obra Eneida,de Virgílio e também na obra Naturalis Historia, escrita pelo romano Plínio, o Velho (referindo-se a uma estátua de mármore existente no palácio do imperador romano Tito – século I depois de Cristo).

Segundo as descrições encontradas nestes textos, os historiadores de arte pensam que a estátua existente no Vaticano (e exposta ao público) é a mesma que foi encontrada em Roma, por acidente, em 1506.

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